As batidas constantes da música pesada faziam um efeito anestesiante no corpo de Anabelle. Com um copo de tequila na mão, seus quadris se moviam de um lado para o outro, sem pudor, sem medo, sem vergonha, sem casa, sem teto e sem família, Anabelle vivia sua vida plenamente, apagando memórias do seu passado com drinques pesadíssimos e substâncias ilícitas. Do outro lado da boate ele a observava sentado no bar fumando apenas um cigarro, Guilherme esboçava um sorriso torto, crescera com elas, pessoas perdidas que precisavam ser encontradas.
Ele adorava encontra-las. Apagou o resto do cigarro que deixou, levantou-se indo em direção á mulher que seus olhos vigiavam desde o momento em que a viu. Não foi preciso palavras, os gestos falavam por si só. Ele a puxou pela nuca, esmagando instantaneamente seus lábios contra os dela. Anabelle deixou ser beijada, pois estava acostumada com aquilo. Envolveu seu pescoço com os braços e correspondeu ao beijo, sentindo o álcool, correndo por suas veias.
Anabelle acordou no outro dia no quarto de um motel suas mãos molhadas de sangue e parte do seu corpo, horrorizada olhou ao redor, não viu corpo algum catou suas roupas e saiu as pressas do quarto mais não se deparou com a melhor cena de dua vida sutil, fluía sangue pela escadaria, como chegou ali? Não sabia. Não lembrava, a cabeça doía. O seu mundo girou e girou, sentindo a sensação que aquela era a vida que sempre sonhou, uma assassina, sem lembranças de suas vitimas ou suas mortes. Essa era ela: Anabelle.
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