Hoje acordei pensando no que eu iria viver, quando levantasse da minha cama, era a primeira vez em muito tempo que pensava no que eu ia fazer, comer, falar ou se vestir, depois de tudo o que passei, não me pegava mais pensando nele. Isso era bom, certo? Esquecer. Era uma coisa que nunca pensei que ia acontecer, nós erramos em pensar que tudo dura para sempre, e cá estamos nós a prova viva de que isso não existi, ou será que existi e nós somos a exceção? Eu respira você. Vivia você. E depois de um tempo a certeza de tudo aquilo era uma grande ilusão. Ainda podemos ser amigos? Como você teve coragem de perguntar isso. Jamais poderemos ser amigos, o que nós vivemos, não pode ser simplesmente apagado ou esquecido, eramos um e agora não somos nada. Essa é a grande realidade, do meu conto de fadas infeliz.
Ainda penso em você antes de
dormir e de brinde deixo você aparecer nos meus sonhos. Ainda conto as horas
pra poder te ver de novo e fico repassando mentalmente nossas conversas, vez ou
outra acrescentando mais um pedacinho romântico só pra poder ficar suspirando
depois. E, embora eu saiba que nada disso tem a menor possibilidade de
acontecer, não consigo deixar que a chama da esperança se acendesse aqui no meu
coração toda vez que você respira perto - ou até mesmo longe de mim.
Tomei um banho frio, na tentativa
de amenizar meu pensamento em você, mais não adiantou muito, comecei a lembrar,
daquele seu sorriso, aquele meio torto para ao lado esquerdo, lembrei-me
daqueles seus cílios longos e pretos, e de como piscava rápido sempre que
estava nervoso. Lembrei-me das mensagens enviadas, de boa noite, eu te
amo, sonhe comigo. Lembrei-me da sua doce voz sussurrando palavras
lindas em meu ouvido e eu sentia a mulher mais feliz do mundo, a mais amada e a
mais desejada. E sabe qual é a pior parte, deste conto de fadas? É que tudo não
passa de lembranças da qual eu sinto muita falta.
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